(CESSANDO A PRAGA) ATOS 17:23 AO DEUS DESCONHECIDO

26/04/2020 12:22

DO LIVRO - FATOR MELQUIZEDEQUE

Paulo estava em sua segunda viagem missionária. Ele e alguns irmãos haviam deixado Tessalônica, passando por Bereia e vindo até Atenas, fugindo de uma grande perseguição.

Em Atenas, eles deveriam esperar aqueles que haviam ficado para trás, no caso aqui Silas e Timóteo, seus companheiros de viagem.

“E os que acompanhavam Paulo o levaram até Atenas, e, recebendo ordem para que Silas e Timóteo fossem ter com ele o mais depressa possível, partiram”. Atos 17:15

Enquanto Paulo esperava a vinda de seus companheiros em Atenas, teve em seu espírito uma grande comoção, por ser a cidade tão entregue a idolatria.

“E enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se comovia em si mesmo, vendo a cidade tão entregue a idolatria”. Atos 17:16

Diante disso começou a discutir com os judeus, alguns religiosos, filósofos epicureus e estoicos que achavam um tanto estranho a mensagem e o conduziram a um lugar apropriado chamado Areópago.

“De sorte que disputava na sinagoga com os judeus e religiosos, e todos os dias na praça com os que se apresentavam. E alguns dos filósofos epicureus e estoicos contendiam com ele; e uns diziam: Que quer dizer este paroleiro? E outros: Parece que é pregador de deuses estranhos; porque lhe anunciava a Jesus e a ressureição. E tomando –o levaram ao Areópago, dizendo: Poderemos nós saber que nova doutrina é essa que falas?”. Atos 17: 17- 19

O nosso estudo tem como base a mensagem de Paulo aos atenienses no Areópago (por isso é importante saber igual Paulo,

 

“E estando Paulo no meio do Aerópago, disse: Homens atenienses, em tudo vos vejo um tanto supersticiosos; porque passando eu vendo os vossos santuários, achei também um altar eu que estava escrito: ao deus desconhecido. Esse, pois, que vós honrais, não o conhecendo é o que eu vos anuncio”. Atos 17:22-23

Paulo observou seus altares, notou um altar ao Deus desconhecido, com certeza teve a revelação do Santo Espírito e a partir deste altar apregoou a palavra (pregar a Bíblia é um dever de todos, por isso desenvolvi um guia completo de como desenvolver uma pregação passo-a-passo).

Vamos falar neste simples estudo os predicados desse Deus, mas antes vamos voltar um pouquinho e nos aprofundarmos na história para que possamos compreender o tamanho da obra realizada pelo nosso SENHOR DOS EXÉRCITOS.

 Atenas e a história do “ Deus desconhecido” – Fundo Histórico

Conta-se que no ano de 600 a.C. uma praga letal caiu sobre Atenas. Corpos insepultos estavam por todo lado. O povo estava enlutado e atônito. Os sacrifícios expiatórios dedicados a muitos deuses gregos eram inúteis.

Os principais sábios atenienses que buscavam explicações para a realidade do mundo estavam confusos. Apenas diziam que algum deus ficou enfurecido com o crime praticado pelo rei Megacles e decidiu puni-los com a praga.

O rei obtivera a rendição dos seguidores de Cilon (Cilón era um ambicioso nobre ateniense, genro do tirano de Mégara, Teágenes, que veio a ser nomeado arconte e pensou que poderia aplicar o mesmo sistema político em sua cidade Atenas.) Com uma promessa de anistia, depois violou sua própria palavra e os matou.

Esta era então a resposta mais apropriada para justificar a mortandade que acometeu a lendária cidade dos deuses.

Sem mais opção mandaram um navio a Cnossos, na ilha de Creta, para buscar um homem chamado Epimênides. Alguns acreditavam que ele conhecia a divindade ofendida, saberia como apaziguá-la e, portanto, poderia livrar Atenas do caos da morte.

Então comissionaram um grupo para ir à procura do profeta de Creta. O possível salvador não recusou o apelo dos gregos. E logo partiu, quando aquele homem chegou a cidade, admirou-se com o vasto número de deuses.

Alguém lhe disse que em Atenas era mais fácil encontrar um deus do que um homem.

Entre tantos destacavam-se Zeus, Poseidon, Deméter, Héstia, e tantos outros. Tantos deuses e todos totalmente impotentes diante de tamanho problema que devastava a cidade.

Epimênides, após acercar-se dos fatos, no momento e local determinado, exigiu um rebanho de ovelhas saudáveis, um grupo de pedreiros e matérias necessários para edificar um altar. As ovelhas precisavam ficar em jejum para que na manhã do sacrifício estivessem totalmente famintas.

Seu Deus escolheria os animais para o sacrifício. Esse seria o sinal de sua escolha e aprovação: as ovelhas seriam soltas no pasto verdejante e aquelas que, mesmo famintas, se deitassem sobre a grama em vez de comerem-na, teriam a preferência para o holocausto.

Dito e feito. O Deus do referido profeta fez a escolha deixando os expectadores atônitos, perplexos.

Quando os altares foram edificados, um ancião perguntou qual seria o nome da divindade que ficaria neles gravado. Afinal, a população de Atenas ficara famosa por sua diversidade de deuses; era uma colecionadora de deuses.

Mas no passado nomear um deus equivalia de certo modo atrai-lo ou a possui-lo.

Epimênides, profeta monoteísta, explicou que não conhecia o nome do Deus a quem servia, Isto é curioso: o profeta servia apenas um único Deus e sequer sabia o nome dele.

Mas de uma coisa tinha certeza: aquele Deus não é um ser qualquer nem estava representado por qualquer ídolo de Atenas.

E ainda acrescentou que o ser divino que decidiu auxilia-los, mesmo não tendo no momento e naquele lugar um nome pelo qual pudesse ser chamado, entendia a ignorância da população e que, por não o conhecer, seria incapaz de lhe dar um nome condizente.

Decidiram anotar a palavra agnosto Theo – a um deus desconhecido, em cada altar. O “Deus desconhecido” que fossem gravadas tais palavras, pois após o holocausto a praga cessou.

Bastaram apenas poucos dias para que ficasse evidente o milagre.

Os doentes sararam, não haviam mais contaminações, e Atenas, como nunca dantes encheu-se de louvor e gratidão ao Deus desconhecido.

Colocaram flores nos altares, declararam sua manifestação de agradecimento, mas o milagre pode empolgar pessoas durante algum tempo, todavia não produz devoção duradoura. 

Atenas se esqueceu da benção do Deus desconhecido, deixou que vândalos irreverentes demolissem os altares usados para o sacrifício. Restou apenas uma estátua esculpida de Epimênides que foi colocada diante de seus vários templos.

O povo ingrato voltou a cultuar seus deuses que, na tragédia, que não fizeram nada para ajuda-los .

A história do Deus desconhecido não desapareceu por completo porque dois anciãos piedosos contrataram pedreiros para restaurar e polir um dos altares que continham a antiga inscrição: agnosto Theo.

Na esperança de que um dia o Deus desconhecido se manifestaria novamente, deixaram um registro autêntico do milagre que possivelmente salvou a “religiosa” Atenas do extermínio.

Conhecendo o Deus desconhecido

Podemos fazer em princípio uma observação, que Deus usou de Epimênides (que não era judeu) para fazer a libertação nos enfermos atenienses (que também não eram judeus) provando que os seus dons e a salvação se estende a todo ser humano pela misericórdia de Deus.

HISTÓRIA DO ALTAR AO DEUS DESCONHECIDO At 17.22,23

Epimênides nasceu em Cnossos, na ilha de Creta, em meados dos anos 600 a.C. Diz-se que esteve em Atenas no tempo de Sólon, onde os achados históricos lhe atribui ter limpado a cidade de uma praga que a assolava. Epimênides foi, portanto, um herói cretense que atendeu ao pedido de Atenas feito por Nícias para que aconselhasse a cidade sobre como se livrar de uma praga. Epimênides ofereceu sacrifícios baseado em três suposições. Assim ele afirmou: a) Minha primeira suposição é que existe ainda outro deus interessado na questão desta praga – um deus cujo nome não conhecemos e que não está, portanto, sendo representado por qualquer ídolo em sua cidade; b) Segundo, vou supor também que esse deus é bastante poderoso e suficientemente bondoso para fazer alguma coisa a respeito da praga, se apenas pedirmos a sua ajuda; c) A terceira suposição é muito simples. Qualquer deus suficientemente grande e bondoso para fazer algo a respeito da praga é também poderoso e misericordioso para nos favorecer em nossa ignorância – se a reconhecermos e o invocarmos. Assim, ao chegar a Atenas, Epimênides conseguiu um rebanho de ovelhas pretas e brancas e soltou-as na Colina de Marte, dando instruções para que alguns homens seguissem as ovelhas e marcassem o lugar onde qualquer uma delas se deitasse. O propósito dele era dar a qualquer deus eventualmente ligado à questão da praga, uma oportunidade de revelar sua disposição em ajudar. Epimenidesprovavelmente conduziu essa experiencia de manhã bem cedo, quando as ovelhas estavam famintas, o que tornaria logicamente impossível alguma se deitar diante de um campo verdinho para comer. No entanto, algumas das ovelhas deitaram e os atenienses as ofereceram em sacrifício sobre os altares sem nome, construídos especialmente com esse propósito. A praga foi assim removida da cidade.

            A Bíblia afirma em Atos 17:16 que enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se revoltava em face da idolatria dominante na cidade. Quando Paulo viu em Atenas o privilégio da adoração ser reduzido ao culto de meros ídolos de madeira e pedra, o horror tomou conta dele. Paulo, no entanto, havia “passado e observado” (Atos 17:23) e descobriu algo “no” sistema que não fazia parte “do” sistema – um altar que não estava associado a qualquer ídolo! Um altar com uma curiosa inscrição: “Ao deus desconhecido”. Paulo percebeu uma brecha na comunicação que provavelmente abriria as mentes e os corações daqueles filósofos estóicos e epicureus. Paulo, então, pronunciou: “Pois esse que adorais sem conhecer é precisamente aquele que eu vos anuncio” (Atos 17:22-23). A idolatria, por sua própria natureza, carrega em si um “fator inflacionário embutido”. Uma vez que os homens rejeitem o Deus único, onisciente, onipotente e onipresente, preferindo divindades menores, eles finalmente descobrem – para sua frustração – que um número infindável de divindades inferiores é necessário para preencher o espaço deixado pelo Deus verdadeiro!

            Paulo compreendia o pano-de-fundo histórico do altar ao “deus desconhecido” de Epimênides. Isso fica claro porque Epimênides, além de ter habilidade para lançar luz sobre problemas obscuros das relações entre o homem e Deus, era também um poeta e Paulo citou a poesia de Epimênides! Essa poesia está registrada em Tito 1:12-13, quando Paulo, ao deixar Tito para fortalecer as igrejas na ilha de Creta, escreveu: “Foi mesmo dentre eles, um seu profeta que disse: Cretenses, sempre mentirosos, feras terríveis, ventres preguiçosos. Tal testemunho é exato. Portanto, repreende-os severamente para que sejam sadios na fé”. As palavras citadas por Paulo são de um poema atribuído a Epimênides. Paulo chamou Epimênides de “profeta”. O termo grego é propheetees, o mesmo usado geralmente pelo apóstolo para os profetas tanto do Antigo como do Novo Testamento. Paulo não teria honrado Epimênides com o título de profeta se não conhecesse o caráter e as obras do mesmo.

 

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