A LINHAGEM DO SANGUE REAL DOS MEROVÍNGIOS

31/07/2010 10:44

II PARTE

As Doutrinas Gnósticas

Permita-nos examinar as doutrinas gnósticas para que você possa ver quão perniciosas e anticristãs elas realmente são. Novamente, recorremos a Manly P. Hall:

"Os gnósticos estavam divididos em suas opiniões quanto ao Demiurgo, ou criador dos mundos inferiores... Um grupo de gnósticos era da opinião que o Demiurgo era a causa de toda miséria e uma criatura maligna... Alguns gnósticos eram da opinião que o Deus judaico, Jeová, era o Demiurgo. Esse conceito, sob um nome sutilmente diferente, aparentemente influenciou o rosacrucianismo medieval, que via Jeová como o Senhor do universo material, em vez de a Divindade Suprema..." [The Secret Teaching of All The Ages, de Manly P. Hall, maçom do Grau 33, The Philosophical Research Society, 1988; ênfase no original].

Você consegue imaginar a blasfêmia inerente nessa doutrina? Com essa crença, os gnósticos cumprem a profecia bíblica, a crença que o Anticristo apresentará ao mundo: colocar o Deus Todo-Poderoso — Jeová Deus — no nível de um deus inferior que criou apenas os "mundos inferiores". O que prediz a profecia a respeito do Anticristo?

"E o rei fará conforme lhe aprouver; exaltar-se-á, e se engrandecerá sobre todo deus, e contra o Deus dos deuses falará coisas espantosas; e será próspero, até que se cumpra a indignação: pois aquilo que está determinado será feito." [Daniel 11:36].

Obviamente, a Maçonaria ensina exatamente a mesma coisa a respeito de Jesus, exceto pelo fato de ir um passo além ao dizer que um deus inferior criou Jesus! Veja o que escreveu Albert Pike:

"Comunicando movimento ao Caos, ela (a Mãe dos Vivos) produziu Ialdabaoth, o Demiurgo, Agente da Criação Material... Iadalbaoth, para se tornar independente de sua mãe, e para se tornar o Ser Supremo, criou o mundo e o homem à sua própria imagem... a imagem de Iadalbaoth refletida na matéria tornou-se o Espírito da Serpente, Satanás, a Inteligência Maligna. Eva, criada por Iadalbaoth..." [Morals and Dogma, Albert Pike, Ensinos do 26º grau, Príncipe da Misericórdia, pág. 563].

Novamente, vemos uma ocorrência em que a Maçonaria prova-se idêntica a todos os mistérios satânicos, exatamente como Pike se vangloria (pág. 624, 28º grau). Eles ensinam a doutrina do Demiurgo e outras "coisas espantosas contra o Deus dos deuses". Além disso, Pike prossegue elogiando os "gnósticos cristãos".

Após abordar as crenças específicas de diversos grupos "gnósticos cristãos", Pike declara a crença comum de todos eles:

"... não há dúvida que todas as facções gnósticas tinham seus mistérios e uma iniciação. Todas afirmavam possuir uma doutrina secreta, recebida diretamente de Jesus Cristo, diferente daquela dos Evangelhos e epístolas, e superior àquelas comunicações que, aos seus olhos, eram meramente exotéricas. Essa doutrina secreta não era comunicada a qualquer um... menos de um em cada grupo de mil a conheciam." [Ibidem, pág. 542].

Agora, vamos retornar a Manly P. Hall para vermos mais "coisas espantosas" em que os gnósticos acreditavam. Prepare-se para um choque:

"Para os gnósticos, o Cristo era a personificação do Nous, a Mente Divina, e emanava dos Aeons espirituais superiores. Ele desceu ao corpo de Jesus no batismo e o abandonou novamente antes da crucificação. Os gnósticos declaravam que o Cristo não foi crucificado, pois o Nous divino não poderia sofrer a morte, mas que Simão, o cireneu, ofereceu sua vida e o Nous, por meio de seu poder, fez Simão aparentar ser Jesus." [Hall, op. cit., pág. XXVI].

Esse ensino é definitivamente anticristão, pois separa o corpo físico de Jesus de Seu espírito, aqui chamado de "espírito da consciência do Cristo". Voltando a Albert Pike, vemos que a Maçonaria ensina exatamente a mesma falsa doutrina. O homem Jesus, segundo esse "fermento", não havia percebido que era o Messias até Seu batismo. Quando a pomba desceu do céu, isso foi um símbolo de que a "consciência crística" tinha vindo sobre Ele, e Ele percebeu que era o Messias judaico. Entretanto, esse espírito da "consciência crística" O abandonou antes da crucificação. Novamente, enfatizamos que esse é um ensino anticristão. Veja:

"Nisto conheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não é de Deus; mas é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que havia de vir; e agora já está no mundo." [1 João 4:2-3].

Agora você sabe firmemente que o gnosticismo é claramente o espírito e a doutrina do Anticristo! Mantenha isso em mente ao contemplar o fato de que o documentário da ABC cita positivamente os "evangelhos gnósticos" em seu ardente desejo de "provar" a genealogia da linhagem merovíngia que permitirá que o Anticristo apareça.

Explicação da Linhagem Merovíngia

No documentário, a apresentadora da ABC, Elizabeth Vargas, entrevistou Henry Lincoln, um dos co-autores do livro-chave sobre a linhagem merovíngia intitulado "O Santo Graal e a Linhagem Sagrada" . Conforme destacamos anteriormente, durante essa entrevista, Vargas afirmou sucintamente todo o argumento do livro de Lincoln. Muito embora tenhamos citado essa definição na primeira parte, permita-nos repeti-la aqui; esta é a definição resumida, porém completa, da mentira sobre essa linhagem:

"A linhagem merovíngia se remete a Jesus e a seus descendentes, ou seja, Maria Madalena e os filhos que ela concebeu. Essa linhagem foi ameaçada pela Igreja Católica e a verdade precisou ser escondida. O Priorado de Sião foi designado para proteger a informação sobre essa linhagem." [Vargas] Lincoln confirmou entusiasticamente que Vargas "estava certa"! Ela havia entendido.

Uma vez que o documentário cita positivamente Lincoln em seu livro "O Santo Graal e a Linhagem Sagrada", peguei o volume em minha estante e reli os três últimos capítulos, já que esses são os capítulos conclusivos que fazem a ligação de todos os elementos distintos. O que descobri é que Lincoln foi muito mais firme em sua aparição no documentário da ABC em 3 de novembro de 2003 do que em seu livro, publicado em 1982! No livro, vemos muitas ocasiões em que Lincoln usa palavras não conclusivas, como "pode ser, talvez, possivelmente e ainda não comprovado".

Por que o documentário da ABC seria tão mais positivo acerca da realidade da linhagem merovíngia do que o livro publicado 21 anos atrás? Por que Lincoln seria tão mais firme nesse documentário do que em seu livro? A única diferença em que podemos pensar é que o aparecimento do Anticristo está muito mais próximo hoje do que estava em 1982, e chegou a hora de condicionar as pessoas para que acreditem nessa mentira.

Já que esse livro é tão essencial, permita-nos examinar alguns excertos fundamentais:

Jesus Não Foi Crucificado

"Se a família de Jesus realmente encontrou refúgio na Gália, seus senhores, por volta do século V, eram os visigodos arianos... Com o patrocínio e a proteção dos visigodos, ela teria se mantido segura contra todas as ameaças de Roma... Dagoberto II casou-se com uma princesa visigoda cujo pai se chamava Bera... Apesar do pacto entre a Igreja e Clóvis, os merovíngios sempre haviam sido simpatizantes do arianismo... A imagem ariana de Jesus não discordava daquela do Alcorão. Jesus é mencionado no Alcorão mais de trinta e cinco vezes, sob uma variedade de denominações impressionantes, incluindo Mensageiro de Deus e Messias. Mas em nenhum ponto ele é considerado algo além de um profeta mortal, um antecessor de Maomé e porta-voz de um único Deus supremo. Da mesma forma que Basilides e Mani, o Alcorão afirma que Jesus não morreu na cruz: 'Eles não o mataram, nem o crucificaram, mas pensaram que fizeram isso'... houve um substituto — tido geralmente, embora nem sempre, como sendo Simão Cireneu. Alguns escritores muçulmanos descrevem Jesus se escondendo em um nicho de uma parede e assistido à crucificação de um doublé — o que harmoniza com o fragmento já citado dos manuscritos de Nag Hammadi." ["O Santo Graal e a Linhagem Sagrada", págs. 326-7, .

O Judaísmo e os Merovíngios

"As heresias, então, nos forneciam uma confirmação não decisiva de uma conexão entre a família de Jesus e os merovíngios, que apareceram no cenário mundial uns quatro séculos depois... As evidências pareciam escassas à primeira vista. Já havíamos considerado o nascimento lendário de Meroveu, por exemplo — filho de dois pais, um dos quais seria uma misteriosa criatura aquática de além-mar... O simbolismo do peixe era sugestivo, mas não conclusivo... E embora o sangue real merovíngio fosse considerado de natureza sagrada, milagrosa e divina, não estava explícito em nenhum lugar que esse sangue era, na realidade, o de Jesus." [pág. 327].

No documentário, Lincoln apresentou firme e positivamente a hipótese de que a primeira rainha dos merovíngios foi engravidada por uma "criatura-peixe vinda do mar", que ele disse ser claramente representativa do símbolo do peixe que os cristãos primitivos usavam como identificação. O espectador fica com a impressão de que Lincoln considera essa lenda um tanto verídica, ou seja, que essa lenda merovíngia substancia que Jesus era a "criatura-peixe" e Maria Madalena foi a primeira rainha merovíngia.

Lincoln prossegue em seu livro:

"Os fragmentos eram provocantes, mas angariavam um suporte muito tênue para nossa hipótese de que uma linhagem descendente de Jesus existiu no sul da França, de que esta linhagem se cruzou com a merovíngia e de que, como conseqüência, os merovíngios eram parcialmente judeus." [pág. 329] — Novamente, Lincoln é muito cauteloso em seu livro, mas foi muito firme no documentário da ABC.

"Jesus era da tribo de Judá e da casa real de Davi. Madalena teria levado o cálice — o "sangraal", ou "sangue real" — para a França. E no século VIII havia, no sul da França, um potentado da tribo de Judá e da casa real de Davi, considerado rei dos judeus. Mas ele não era somente um judeu praticante. Era também merovíngio. E no poema de Wolfram von Eschenbach, ele e sua família eram associados ao cálice sagrado... E em 1165-66, Benjamin de Tudela, um famoso viajante e cronista, registrava que em Narbone existiam 'sábios, magnatas e príncipes, à cabeça dos quais está... um descendente da casa de Davi, como se vê em sua árvore genealógica." [pág. 334].

"Santo Graal" = Ventre de Maria Madalena

"Se nossa hipótese estiver correta, o cálice sagrado representava, simultaneamente, pelo menos duas coisas. Por um lado, ele teria sido a linhagem sanguínea e os descendentes de Jesus — o 'sang raal', ou 'sangue real', do qual os Templários foram nomeados guardiões. Ao mesmo tempo, o cálice pode ter sido, literalmente, o receptáculo que recebeu e conteve o sangue de Jesus. Em outras palavras, poderia ser o útero de Madalena — e, por extensão, a própria Madalena. A partir disso teria surgido o culto a Madalena, na forma como foi promulgado na Idade Média, e ele teria sido confundido com o culto à Virgem. Pode-se provar, por exemplo, que muitas das famosas 'Virgens Negras' ou 'Madonas Negras', do início da era cristã, eram ícones da Madalena e não da Virgem — e eles retratam uma mãe com o filho. Em Le Serpent Rouge, as catedrais góticas — aquelas pedras majestosas, réplicas do útero, dedicadas a Notre Dame — são também consideradas homenagens à consorte, e não à mãe de Jesus... Assim, o cálice sagrado teria simbolizado tanto a linhagem sanguínea de Jesus quanto Madalena, de cujo útero surgiu essa linhagem." [Ibidem, pág. 339].

Durante o documentário, esse ponto foi frisado, conforme Vargas recorria repetidamente à pintura "A Última Ceia" de Leonardo da Vinci para "provar" que Maria Madalena foi o "receptáculo" do sangue de Jesus porque carregava o filho dele! Lembre-se, na literatura ocultista o "Santo Graal" é entendido como o cálice que Jesus usou na última ceia e que foi levado à crucificação para recolher um pouco do sangue de Jesus, conforme ele escorria pela cruz. A "virada radical" que o livro e o documentário fazem é argumentar que, em vez de ser um cálice, o Santo Graal era, na verdade, Maria Madalena carregando o filho de Jesus quando fugiu para o que hoje é o sul da França.

Buscando Provar o Argumento

"Em 70 DC, durante a grande revolta na Judéia, as legiões romanas de Tito saquearam o Templo de Jerusalém... Mas o Templo de Jerusalém pode ter contido mais do que o tesouro pilhado pelos centuriões de Tito. Religião e política eram inseparáveis no judaísmo antigo. O Messias devia ser um rei-sacerdote cuja autoridade compreendia os domínios espiritual e secular. Assim, é possível — na verdade, provável — que o Templo abrigasse registros oficiais sobre a linhagem real de Israel — o equivalente a certidões de nascimento e casamento e outros dados relevantes sobre uma família real ou aristocrática moderna. Se Jesus era de fato o 'rei dos judeus', o templo certamente conteria informações copiosas relacionadas com ele. Poderia até mesmo conter o seu corpo, ou pelo menos o seu túmulo, uma vez que o seu corpo teria sido removido da tumba temporária dos Evangelhos" [Ibidem, pág. 339].

"Por volta do ano 1.100, os descendentes de Jesus teriam atingido proeminência na Europa... Conheciam sua própria genealogia e seus ancestrais, mas não eram capazes de prová-los ao mundo. Uma prova teria sido necessária a fim de que pudessem levar adiante seus desígnios. Se fosse conhecido que essa prova existia, ou até mesmo que ela existisse, no interior do Templo, todos os esforços teriam sido empreendidos no sentido de encontrá-la. Isto poderia explicar o papel dos templários — que, sob a proteção do mistério, realizaram escavações sob o Templo, nos chamados Estábulos de Salomão. A partir das evidências que examinamos, restam poucas dúvidas de que os templários foram de fato enviados à Terra Santa com o objetivo expresso de encontrar ou obter alguma coisa, tendo cumprido a missão. Eles parecem ter encontrado e trazido para a Europa o que deviam procurar. . [pág. 340; ênfase adicionada].

A própria idéia de que os sacerdotes judeus responsáveis pelo templo no ano 70 possam ter escondido o corpo de Jesus e/ou o "equivalente a certidões de nascimento e casamento e outros dados relevantes" revela uma impressionante falta de conhecimento bíblico! Os sacerdotes judeus ortodoxos haviam rejeitado totalmente Jesus Cristo e foram cruciais em pressionar Roma para que iniciasse uma perseguição aos cristãos. De fato, a perseguição foi tão cruel em Israel que os judeus cristãos foram dispersos amplamente em todas as direções para longe de Jerusalém, exatamente como Jesus predisse que aconteceria. [veja Atos 1:8].

Quão cruel foi a perseguição à igreja cristã? Permita-nos recorrer a um comentário bíblico para descobrir:

"Após a ressurreição de nosso Senhor, o primeiro ataque aos Seus discípulos veio do sumo sacerdote e seu partido. O alto clero estava naquele momento nas mãos dos saduceus, e uma das razões que os levaram a agir dessa forma foi seu 'problema agudo', pois os apóstolos 'proclamavam em Jesus a ressurreição dos mortos' [Atos 4:2; Atos 5:17]. O Evangelho baseado na ressurreição de Cristo era evidência da falsidade das doutrinas principais defendidas pelos saduceus, pois eles afirmavam que não havia ressurreição. Mas, ao invés de renderem-se à evidência do fato de que a ressurreição ocorreu, eles se opuseram e a negaram, e perseguiram os discípulos de Jesus Cristo. Durante um tempo os fariseus foram mais moderados em sua atitude frente à fé cristã... Mas, gradualmente a totalidade do povo judeu se tornou uma perseguidora amarga dos cristãos." [International Standard Bible Encyclopedia].

Incontáveis milhares de cristãos nascidos de novo — em sua maioria cristãos judeus — sofreram terrivelmente nas mãos das autoridades romanas que foram forçadas a agir pelas ameaças dos judeus de criar uma rebelião caso as autoridades não perseguissem os cristãos. Cada governador romano era designado por Roma para manter a paz e a estabilidade nas terras sob sua responsabilidade. Se uma rebelião começasse a florescer em uma determinada localidade, Roma não esperaria muito para examinar mais atentamente o governador romano e ver se ele não estava administrando mal sua região. Destarte, os governadores romanos eram muito suscetíveis à chantagem dos líderes locais mais astutos, que ameaçavam instigar uma rebelião constante caso suas exigências não fossem atendidas. Uma vez que o assunto mais importante para os líderes religiosos judeus desde a crucificação de Jesus até a destruição do templo no ano 70 era a crescente igreja cristã, os governadores romanos eram continuamente ameaçados com a insurreição caso não perseguissem os cristãos.

Tendo essa compreensão, quão lógica é a idéia de que os próprios fariseus e saduceus, que eram os responsáveis pelo templo até o momento de sua destruição final, teriam escondido os registros públicos de Jesus, como Sua certidão de nascimento e/ou Seu corpo? A probabilidade de isso ter ocorrido é absolutamente nula! Portanto, toda essa linha de raciocínio de que os registros públicos de Jesus foram provavelmente escondidos no templo, esperando serem descobertos, é absurda.

No entanto, a velha explicação nazista da "verdade" vista como propaganda permanece verídica: "A verdade não é o que ela é; a verdade é o que as pessoas percebem que ela seja".

 

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